·
Conceito:
Síndrome do Bebê Sacudido é o termo que descreve uma série de sinais e
sintomas que ocorrem em conseqüência da sacudida manual vigorosa do bebê,
sustentando-o por suas extremidades ou pelos ombros, o que causa forças de
aceleração do cérebro dentro do crânio, com conseqüentes lesões. O grau de dano
cerebral depende da quantidade, duração do sacudir e das forças que resultarem
em impacto na cabeça.
Também é usado o termo Lesão Cerebral por Abuso, por causa da
controvérsia que envolve a questão da possibilidade ou não de todos os bebês,
com sérios danos cerebrais, a partir da "sacudida", terem também
experimentado trauma de impacto.
·
Sinais e
sintomas:
Variam em um espectro de alterações neurológicas secundárias
(irritabilidade, letargia, tremores, vômitos) a primárias (convulsões, coma,
estupor, morte). Estas crianças devem receber assistência médica imediata, pois
estes traumas com freqüência causam hemorragia e lesão cerebral, ainda que não
haja sinais externos de abuso (queimaduras, hematomas, escoriações. fraturas de
crânio, fraturas múltiplas).
·
Fatores de
risco:
A criança pequena chora em média de duas a três horas por dia, e 20 a
30% das crianças excedem substancialmente este tempo. Crianças choram
freqüentemente em uma base aparentemente irracional, e podem não responder à
tentativa inicial de um pai para os confortar. Chorar fica particularmente
problemático entre a sexta semana de nascimento ao quarto mês de vida, o que coincide
com a incidência maior da Síndrome do Bebê Sacudido.
Pais e outros provedores de cuidado precisam saber que permitir a um
bebe chorar é certo, desde que todas as sua necessidades tenham sido
satisfeitas.
·
Predisposição:
Embora a identificação dos casos de Síndrome do Bebe Sacudido, na maioria das vezes, passe desapercebido em quase todos os serviços de atendimento a crianças, podemos observar que:
- o pai biológico é o agressor mais comum;
- os namorados das mães estão em segundo lugar;
- babás em um terceiro plano;
- depois as mães e os padrastos.
·
Profilaxia:
São importantes as orientações prestadas por profissionais da saúde
(pediatras, neonatologistas) aos cuidadores (pais, babás, tios, avós, etc.)
quanto aos riscos de se sacudir uma criança. Nunca, nem por brinquedo, por
castigo ou por qualquer motivo, um bebê deve ser sacudido.
Aos médicos pediatras cabe lembrar-se dessa síndrome, para quando em
atendimentos nas emergências poder reconhecer os seus sinais clínicos, e nos
atendimentos de puericultura nos consultórios poder oferecer aos cuidadores (principalmente
os de risco), orientações direcionadas aos cuidados com esta síndrome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário