Lamentavelmente depois de morto
Eduardo Campos tem seu nome envolvido em negócios nebulosos que devem inquietar
o PSB, seus amigos e familiares. No jogo
sujo da política, na efervescência da campanha aparece de tudo.
Uma coisa, porém, é o nasce dos
partidos e dos candidatos, outra é o fato registrado pela imprensa, que na
maioria das vezes está atrás apenas do furo, de atrair leitores, de garantir
audiência.
As notícias desagradáveis envolvendo
o ex-governador têm sido dadas pela TV Globo, Folha de São Paulo, jornal O
Globo e outros veículos da chamada grande imprensa.
Primeiro foi o caso do jato do PSB,
que teria sido comprado possivelmente com o uso de caixa dois. Surgiram
laranjas e empresas fantasmas numa operação mal explicada e ninguém falou abertamente até agora das suspeitas e suposições levantadas
Marina Silva, candidata que substitui
Eduardo na disputa presidencial, já disse que “não sabia de nada” no caso do
avião.
Depois veio a Revista Veja com um
depoimento de Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal, envolvendo o
nome do ex-governador no esquema de propina da Petrobrás.
E hoje a imprensa nacional traz mais
uma: a doação de R$ 2,5 milhões por parte de Eduardo Campos à campanha do
Partido Socialista Brasileiro.
O Comitê Financeiro do PSB informou
essa doação à Justiça Eleitoral. A mesma teria sido feita no dia 14 de agosto,
um dia depois da morte de Campos.
Depois que a notícia foi divulgada no
jornal O Dia, sites e blogs neutros
ou aliados do PT imediatamente exploraram o fato o que levou a Coligação Unidos Pelo Brasil, liderada
pelo PSB, a divulgar a seguinte nota explicando a “doação post-mortem”:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
"A Coligação Unidos pelo Brasil
repudia a manchete maldosa e inverídica publicada pelo jornal O Dia ('Depois de
morto, Eduardo 'doa' R$ 2,5 mi a Marina', edição de 09/09/2014) que, baseada em
opiniões jurídicas equivocadas, mostra total desconhecimento da lei eleitoral,
contribuindo para confundir a opinião pública. O jornal colocou sob suspeita
uma movimentação financeira absolutamente lícita. No rigor da transparência que
pauta os atos da Coligação e para recuperar a verdade dos fatos, são feitos os
seguintes esclarecimentos:
1. Eduardo Henrique Accioly Campos,
"depois de morto" não 'doou' R$ 2,5 milhões a Marina Silva;
2. A campanha não se confunde com a
pessoa de Eduardo Campos;
3. A movimentação bancária se deu
entre a conta do candidato e a do Comitê Financeiro da campanha. Não houve,
portanto, 'doação à conta de Marina';
4. O ato da transferência de recursos
ao Comitê Financeiro não foi emprego, portanto, de 'subterfúgio contábil';
5. É errônea a informação de que o
dinheiro em conta do candidato deveria ter sido 'retido' como 'sobra de
arrecadação'. Segundo a lei, a sobra de arrecadação é apenas a 'diferença
positiva entre os recursos arrecadados e os gastos realizados em campanha' (cf.
art. 39 da Res. TSE 23.406). Os recursos da conta, portanto, não eram sobras,
pois se destinaram a honrar os compromissos financeiros assumidos pela
campanha.
A lei eleitoral permite a
movimentação de recursos da conta do candidato para o seu Comitê Financeiro,
mesmo após o seu falecimento, até para que sejam honrados os compromissos
assumidos previamente."
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